Investigadores de duas universidades norte-americanas concluíram que o tipo de fotografias que as pessoas colocam nas redes sociais podem indicar uma depressão e permitir detetar a doença.
As imagens que as pessoas publicam nas redes sociais podem indicar se estão tristes ou alegres e mesmo detetar uma depressão, antes até de ser diagnosticada pelo médico, indica uma investigação divulgada esta terça-feira.
Isto leva a um novo método para detetar precocemente uma depressão e outras doenças mentais emergentes, disse Chris Danforth, professor da Universidade de Vermont, que liderou o estudo com Andrew Reece, da Universidade de Harvard. Os dois garantem que o algoritmo pode detetar mais rapidamente a depressão do que o diagnóstico clínico.
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E também descobriram que pessoas saudáveis usavam filtros que dão às fotografias um tom mais quente e brilhante. Nas pessoas deprimidas o filtro mais popular é o que faz as fotografias ficarem a preto e branco.
“Por outras palavras, as pessoas que sofrem de depressão têm mais tendência para escolher um filtro que literalmente tira a cor das imagens que querem partilhar”, disseram os investigadores."
Faces nas fotografias partilhadas também são um indicador. De acordo com o estudo as pessoas deprimidas são mais propensas a publicar fotografias com caras, mas por norma com menos caras do que as que publica o grupo considerado saudável. Entendem os responsáveis que menos rostos podem indicar que as pessoas deprimidas interagem menos.
O estudo incluiu a análise das fotografias por parte de voluntários, dizendo se pertenciam a pessoas deprimidas ou não, mas os resultados não foram tão eficazes como os do modelo estatístico testado pelo computador.
Os investigadores entendem que este tipo de aplicação tem o potencial de ajudar as pessoas no início da doença mental, evitando diagnósticos falsos, e apoiar uma deteção precoce, especialmente para os que não têm acesso a especialistas.