Se as pessoas a sua volta estiverem sempre gritando ou dizendo coisas negativas é comum que você se sinta envolvido por essa atmosfera, e acabe reagindo da forma como todos estão, e ficando mal também. Mas algo extremamente importante a se aprender é que podemos (e devemos) nos separar emocionalmente das pessoas quando elas estão demonstrando sentimentos, fazendo discursos ou agindo de uma forma que não concordamos.
Se não podemos nos afastar fisicamente (e em alguns casos não dá mesmo), precisamos lembrar que não é porque estamos envolvidos por laços emocionais ou sanguíneos com alguém que a vida dessa pessoa é também a nossa. Estamos todos construindo histórias individuais. Elas se entrelaçam em vários pontos, porém cada um de nós é responsável por escolher como enxerga o que acontece, como se sente e como age. Aprenda isso e ficará muito mais fácil separar o que é problema dos outros e o que é problema seu ( mesmo quando está tudo misturado como acontece nas famílias).
Isso não significa que você não pode ajudar, apenas colocará o limite de até onde você pode ir. Não se envolva mais do que quem está precisando de ajuda, porque no final das contas se ele não agir e ir atrás também você vai se movimentar e cansar, mas a situação não vai mudar. Porque quem está sofrendo precisa decidir que não quer mais continuar assim é fazer algo concreto por isso. Decisão não são apenas palavras, são gestos. É sair da reclamação para a ação. Aprenda isso e jamais achará que ajudar as pessoas não dá certo. Dá sim, mas até para isso precisamos aprender como fazer.
Contributo de Tamires Damasio