Podemos sorrir ou fechar a cara. Falar (alto, baixo, com rispidez ou mansidão) ou nos calar. Participar ativamente ou apenas observar. Podemos fingir ou dizer a verdade. Podemos ajudar ou ignorar. Ficar ou partir. Esperar ou fazer acontecer. Lamentar ou aprender. Aceitar, dizer sim, ou discordar e dizer não.
Podemos culpar ou solucionar. Podemos lutar ou desistir. Ir em frente ou ficar aqui. Mudar ou continuar igual.
Sempre temos escolhas, porém não queremos assumir isso, pois seria também assumir a responsabilidade do que escolhermos, não tendo mais a quem culpar. E como nem sempre o que queremos fazer será bem aceito e agradará outra pessoa, acabamos escolhendo não fazer nossa vontade, mas a dos outros. Mas quando isso acontece queremos fingir que não tivemos opção (o que é uma ilusão). Houve uma escolha; porque entre agradar a si mesmo e agradar o outro, você optou por abrir mão do que queria.
São muitos os motivos que podem nos levar a não fazermos ou falarmos o que realmente queremos, mas é urgente lembrar que poderíamos ter feito. Não foi a vida ou outra pessoa nos obrigando, mas nós optando pelo que acreditamos ser menos desagradável ou mais certo para o momento.
Saber isso abre as portas da prisão imaginária na qual nos sentimos aprisionados achando que não podemos fazer o que queremos. Pois nos lembra que somos autores da nossa história, e não tem ninguém nos controlando. O que existe somos nós escolhendo o que achamos melhor e as pessoas exigindo o que elas acham melhor para si.
Podemos agrada-las ou não. Então se eu não faço o que quero, mas o que o outro quer, preciso entender que podia ter feito diferente, mas não estava disposto (a) a ver as consequências.
Contributo de Tamires Damasio