Preocupação com o vírus do ebola
Postado por Rui Fonte em segunda, outubro 13, 2014 Em: Saúde Geral
Em vários grupos e fóruns que costumo participar vejo que existe uma preocupação significativa sobre o tão falado ebola. Não é para menos já que é uma condição preocupante com desfechos trágicos, mas será que é preciso entrar em modo de hipocondria mundial? Bem, como qualquer outro surto epidémico é motivo de preocupação mas apesar da histeria na comunicação social, vamos lá com calma!
Primeiro vamos lá conhecer o que é o ebola.
História
Temos que regressar a 1976 para saber quando surgiu pela primeira vez, o ebola cujo o nome foi criado a partir do Rio Ebola no Zaire (República Democrática do Congo). Existem várias estirpes do vírus, cada uma com nomes de países e regiões. O primeiro surto de ebola aconteceu no Sudão e infectou mais de 284 pessoas, com uma taxa de mortalidade de 53%. Poucos meses depois, o segundo surto surgiu em Yambuku, Zaire, com uma maior taxa de mortalidade(88%) infetou 318 pessoas.
Apesar do enorme esforço dos pesquisadores, o reservatório natural do ebola nunca foi identificado. Uma terceira linhagem do vírus foi identificado pela primeira vez em 1989, quando macacos infectados foram importados em Reston, Virginia, de Mindanao, nas Filipinas. Felizmente, poucas pessoas foram infectadas e nunca desenvolveram a febre hemorrágica. A última estirpe conhecida foi descoberta em 1994, quando um etólogo realizando uma necropsia num chimpanzé morto foi acidentalmente infectado.
Como se transmite
O vírus se transmite através de contacto direto de fluidos corporais (viva ou morta) que incluem saliva, muco, vómito, fezes, suor, lágrimas, leite materno, urina e sémen.
Ao contrário de doenças respiratórias como sarampo ou varicela, que podem ser transmitidos por partículas que permanecem suspensas no ar, no caso do ebola não existe esse contagio.
Sintomas
Os sintomas podem aparecer em qualquer altura em 2 a 21 dias após a exposição ao vírus, mas a média é de 8 a 10 dias, que incluem:
Febre (superior a 38,6 ° C)
Forte dor de cabeça
A dor muscular
Fraqueza
Diarreia
Vómitos
Dor abdominal (estômago)
Hemorragias inexplicadas (hemorragia ou nódoas negras)
Diagnóstico
Diagnosticar uma pessoa que tenha sido infectada recentemente é difícil, porque os primeiros sintomas, como febre, não são específicos para a infecção e são vistos frequentemente como doenças mais comuns, tais como a malária ou a febre tifóide.
No entanto, se uma pessoa tem os primeiros sintomas e teve contato com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa doente com ebola, deve ser isolada e a entidade de saúde pública notificada. Amostras do paciente podem, então, ser recolhidas e testadas para confirmar a infecção.
Tratamento
Apesar de algumas vacinas estejam a ser testadas, nenhuma vacina aprovada está disponível para ebola. As seguintes intervenções básicas, quando usado precocemente, podem melhorar significativamente as chances de sobrevivência:
Fornecimento de fluidos intravenosos e equilíbrio de eletrólitos
Manter o status de oxigénio e pressão arterial
Tratamento de outras infecções se ocorrerem
Prevenção
Se você viajar ou esta numa área afetada pelo surto, certifique-se de fazer o seguinte:
Ter práticas de higiene cuidadosas.
Não manusear itens que possam ter entrado em contato com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa.
Evite funerais ou enterros que necessitaram de um tratamento ao corpo.
Evite o contato com morcegos e primatas não-humanos e carne crua preparada a partir destes animais.
Evite hospitais na África Ocidental, onde os pacientes estão sendo tratados.
Depois de voltar, deve monitorar a sua saúde por 21 dias e procurar atendimento médico imediatamente se desenvolver sintomas.
Última nota
Tenha calma, não há motivo para um pânico social, este vírus não é novo, desde 1976 que existe tendo 99% dos surtos ocorridos em África, até à data actual "apenas" 7500 pessoas foram infetadas a nível mundial, muitas mais foram infetadas com malária ou dengue. A comunidade cientifica também está sobre o caso, recentemente a Rússia anunciou que dentro de pouco tempo vai ter três vacinas disponíveis.
E no futuro? Bem, na verdade ninguém sabe mas neste momento este episódio todo apenas se deve ao alarmismo exagerado da comunicação social mas claro, é sempre bom estar informado.
E no futuro? Bem, na verdade ninguém sabe mas neste momento este episódio todo apenas se deve ao alarmismo exagerado da comunicação social mas claro, é sempre bom estar informado.
Em: Saúde Geral